
Todo mundo diz que para sentir atração por alguém
e para que uma relação dê certo precisa existir a tal da química. Mas o que
isso significa? Muita gente diz isso sem ao menos refletir sobre o que seja...
Primeiro
vamos pensar e analisar o significado da palavra química: “é a ciência que se dedica ao estudo da
matéria, levando em conta a sua composição, as reações e as transformações.” Eu
arriscaria a dizer com minhas palavras que é a combinação de elementos que dão
origem a uma reação e a um terceiro elemento. Mas vamos para outra definição:
Química do amor: “são as reações
que ocorrem nas pessoas, quando estas sentem afinidade
por alguém. É uma sintonia, uma atração, que faz vibrar os pensamentos e os
sentimentos de afeto e de carinho.”
Mas
voltemos para a definição acima, utilizando as palavras reações e
transformações. Elas são causadas quando imediatamente nos identificamos com tal
pessoa que nos provocou sensação de satisfação, mesmo sem ao menos ter trocado
uma palavra com elas! Sim, isso é possível! A tal química a que nos referimos
tem a ver com afinidade, compatibilidade, sintonia, empatia, combinação. O que
nos leva a nos sentirmos compatível com alguém? A atração em comum, os gostos, objetivos
e expectativas, mesmo nível de cultura ou de personalidade e forma de pensar, de
ver o mundo, a vida e as pessoas. Geralmente buscamos alguém compatível em
quase ou em 100%, mas não acredito que se possa atingir essa meta redondinha, sempre
ficaria faltando algo, mas o importante é que em pelo menos encontremos uns 90% desses requisitos nas pessoas que buscamos para que a relação sequer comece e funcione.
Há
quem acredite que seja possível se apaixonar por alguém que “não faz nosso tipo”,
até é, não descarto, porém hoje em dia há muita coisa que guia o desejo e o
afeto, que exerce uma forte influencia nas escolhas dxs parceirxs e é uma ideia muito romântica e perigosa afirmar através daquelas frases clichês
que toda panela tem sua tampa, que sempre existe um chinelo velho pra um pé
cansado... cada pessoa tem um ritmo e uma facilidade ou dificuldade para
encontrar ou se ligar a alguém, portanto nada é nem deve ser padronizado. Tem pessoas que acham que pessoas bonitas só podem se relacionar com
outras pessoas bonitas, brancos com brancos, negros a mesma coisa, mas não é
bem por aí. Do meu ponto de vista por exemplo, uma pessoa com baixa auto estima
não poderia em hipótese alguma estar com
outra que também estivesse no mesmo patamar. Tem gente que pensa que ajuda, alguém
que se sente constantemente rejeitado estando com outra pessoa nas mesmas condições,
mas ao invés de ajudar pode atrapalhar e gerar conflitos, pois a pessoa que já se sentir um pouquinho mais “bem resolvida” pode
ganhar poderes e transformar a relação em regime de dominação e serventia, ou
seja, submeter o outro a chantagens em função de sua dificuldade de ter alguém,
só pra conseguir ter suas vontades satisfeitas, o que não é legal, e duas
pessoas mais visadas devido à beleza pode gerar competição de ego e status e a relação
virar um caos em meio à guerra de vaidade. Por isso pelo menos pra mim, o ideal
seria tentar manter um equilíbrio e um
contraste, pessoas mais inseguras merecem ter alguém mais seguro pra se
sentirem mais acolhidas, o que as ajudaria a superar suas dificuldades de auto
aceitação, pessoas de etnias diferentes
se unirem para não perpetuar a segregação e aprender a apreciar a beleza e características
que o diferem do outro, magros com gordos, altos com baixinhos, e por aí vai. É
claro que buscamos principalmente alguém compatível não somente nas ideias, mas
também nos traços, estatura e biótipos, mas eu digo que nem toda escolha
precisa ser tão severa, mecânica e consequentemente
excludente o que leva a um processo de discriminação e marginalização e
precisamos ter atenção e cuidado com isso. É uma questão de abrirmos mais nossa mente para
novas possibilidades e parar de abraçar fielmente os padrões de beleza aceitável
que o sistema e sociedade nos impõem. O importante
é se sentir bem com a pessoa e fazer bem à ela.
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