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sábado, 26 de maio de 2012

O feminismo


Símbolo do movimento feminista 



 Feminismo é um movimento social, filosófico e político que tem como meta direitos equânimes (iguais) e uma vivência humana liberta de padrões opressores baseados em normas de gênero. Envolve diversos movimentos, teorias e filosofias advogando pela igualdade para homens e mulheres e a campanha pelos direitos das mulheres e seus interesses. O feminismo alterou principalmente as perspectivas predominantes em diversas áreas da sociedade ocidental, que vão da cultura ao direito. As ativistas femininas fizeram campanhas pelos direitos legais das mulheres (direitos de contrato, direitos de propriedade, direitos ao voto), pelo direito da mulher à sua autonomia e à integridade de seu corpo, pelos direitos ao aborto e pelos direitos reprodutivos (incluindo o acesso à contracepção e a cuidados pré-natais de qualidade), pela proteção de mulheres e garotas contra a violência doméstica, o assédio sexual e o estupro pelos direitos trabalhistas, incluindo a licença-maternidade e salários iguais, e todas as outras formas de discriminação.

Feministas e acadêmicos dividiram a história do movimento em três "ondas". A primeira onda se refere principalmente ao sufrágio feminino, movimentos do século XIX e início do XX preocupados principalmente com o direito da mulher ao voto. A segunda onda se refere às ideias e ações associadas com os movimentos de liberação feminina iniciados na década de 1960, que lutavam pela igualdade legal e social para as mulheres. A terceira onda seria uma continuação - e, segundo alguns autores, uma reação às suas falhas - da segunda onda, iniciada na década de 1990. (consultar o artigo no  wikipédia por completo).



O feminismo hoje



Muitas feministas acreditam que a discriminação contra mulheres ainda existe tanto em países subdesenvolvidos quanto em países desenvolvidos. O quanto de discriminação e a dimensão do problema são questões abertas.
Existem muitas ideias no movimento a respeito da severidade dos problemas atuais, a essência e como enfrentá-los. Em posições extremas encontram-se certas feministas radicais que argumentam que o mundo poderia ser muito melhor se houvesse poucos homens. Algumas feministas afastam-se das correntes principais do movimento, como Camille Paglia; se afirmam feministas mas acusam o feminismo de ser, por vezes, uma forma de preconceito contra o homem. (Há um grande número de feministas que questiona o rótulo "feminista", aplicado a essas dissidentes.)
Muitas feministas, no entanto, também questionam o uso da palavra "feminismo" para se referir a atitudes que propagam a violência contra qualquer género ou para grupos que não reconhecem uma igualdade entre os sexos. Algumas feministas dizem que o feminismo pode ser apenas uma visão da "mulher como povo". Posições que se baseiam na separação dos sexos são consideradas, para esses grupos, sexistas ao invés de feministas.
Há feministas que fazem questão de assumir diferenças entre os sexos — ao contrário da corrente principal que sugere que homem e mulher são iguais. A ciência moderna não tem um parecer claro sobre a extensão das diferenças entre homem e mulher, além dos aspectos físicos (anatómicos, genéticos, hormonais). Essas feministas sustentam que, embora os sexos sejam diferentes, nenhuma diferença deve servir de base à discriminação.
O debate sobre questões feministas no Ocidente não deve, no entanto, distrair o movimento feminista de seu principal objectivo no século XXI: promover maiores direitos para as mulheres nas sociedades do Oriente.


Estatísticas mundiais


Apesar dos avanços feitos pelas mulheres no que respeita à igualdade no mundo ocidental, há um longo caminho a percorrer para se chegar à igualdade, de acordo com as seguintes estatísticas:
  • As mulheres detêm apenas 1% da riqueza mundial, e ganham 10% das receitas mundiais, apesar de constituirem 49% da população.
  • Quando se considera a criação dos filhos e o trabalho doméstico, as mulheres trabalham mais do que os homens, quer no mundo industrializado, quer no mundo subdesenvolvido (20% a mais no mundo industrializado, 30% no resto do mundo).
  • As mulheres estão sub-representadas em todos os corpos legislativos mundiais. Em 1985 a Finlândia detinha a maior percentagem de mulheres na legislatura nacional, com aproximadamente 32% (cf. NORRIS, P.. Women's Legislative Participation in Western Europe, West European Politics). Atualmente, a Suécia tem o maior número, com 42%. A média mundial é apenas 9%.
  • Em média, mundialmente, as mulheres ganham 30% menos do que os homens, mesmo quando têm o mesmo emprego.

Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher é celebrado a 8 de Março de todos os anos. É um dia comemorativo para a celebração dos feitos econômicos, políticos e sociais alcançados pela mulher. De entre outros eventos históricos relevantes, há a lembrança do marcante incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist (Nova Iorque, 1911) em que 140 mulheres perderam a vida.

ia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher

O Dia Internacional de Combate a Violência contra a Mulher é celebrado em 25 de Novembro, decidido pelo Primeiro Encontro Feminista da latino-americano e do Caribe em 1981, e oficialmente adotado pela ONU em 1999. A data marca o brutal assassinato das revolucionárias Irmãs Mirabal a mando do então, ditador da República Dominicana, Rafael Trujillo, em 25 de novembro de 1961.


Movimentos feministas e suas formas de lutas

O movimento feminista vem se organizando e atuando em diferentes frentes de luta e em diferentes formas, tendo como consequência uma diversidade de vertentes que variaram ao longo da história e do contexto social: por meio da igualdade, da diferença e da separação, há porém, no feminismo um compromisso comum de por fim a dominação masculina e à estrutura patriarcal. As diferenças situam-se na identidade, no adversário, quais os focos de luta bem como as metas as quais se quer alcançar, as divergências vão da análise das raízes do patriarcalismo, a possibilidade de combater, de reformar o estado patriarcal e/ou capitalismo patriarcal, a heterossexualidade patriarcal ou ainda a dominação cultural.
O feminismo liberal e socialista tem a identidade nas mulheres como seres humanos e toma como adversário o Estado patriarcal e/ou capitalismo patriarcal, tem como meta direitos iguais, inclusive direito de ter filhos ou não. Concentrou seus esforços na obtenão de direitos iguais para homens e mulheres em todas as esferas da vida social, econômica e institucional.
As feministas radicais tiveram origem a partir daquelas mulheres que começaram a se organizar em oposição às contínuas discriminações que sofriam nas organizações de esquerda das quais participavam. Identificavam nos homens os agentes da opressão, tomando as outras formas de opressão como extensão da supremacia masculina. Concentravam seus esforços na conscientização e para tanto, organizavam grupos exclusivamente femininos.
O feminismo cultural tem a identidade na comunidade feminina, seus adversários são as instituições e os valores patriarcais, tem como meta a autonomia cultural.
O feminismo essencialista (espiritualismo, ecofeminismo) tem como identidade o modo feminino de ser, acreditam numa essência única feminina e tem como adversário o modo masculino de ser, tem como meta a liberdade matriarcal.
O feminismo lesbiano tem como identidade a irmandade sexual/cultural, como adversário a heterossexualidade patriarcal e como meta a abolição do gênero pelo separatismo.
Além dessas formas, há as identidades femininas específicas étnicas, nacionais, autodefinidas, estas tem identidade autoconstruídas por exemplo: feminista lésbica negra, tem como adversário a dominação cultural e como meta o multiculturalismo destituído de gênero.
Há ainda o feminismo pragmático (operárias, autodefesa da comunidade, maternidade etc.) que tem como identidade donas de casa, mulheres exploradas/agredidas e tem como adversário o capitalismo patriarcal e como meta a sobrevivência/dignidade.
Com a oposição de movimentações antifeministas, as diferenças entre feministas radicais e liberais foram cada vez mais ficando a margem, o que possibilitou a a aproximação entre essas correntes uma vez que seria necessária a união de forças para sustentar o movimento. Há também outro elemento a ser considerado ao se fazer a diferenciação das formas do feminismo que é o da geração, fator este que já não está relacionado à divisão entre radicais e liberais, mas ao maior grau de importância conquistado pelo lesbianismo, a importância dada a expressão sexual, e uma maior abertura para cooperar com os movimentos sociais masculinos, caracteristícas das gerações mais recentes.
Alguns tipos de organizações feministas podem ser encontrados:
- Organizações nacionais, cuja principal exigência são os direitos iguais - Organizações prestadoras de serviços diretos (redes de grupos locais) - Organizações de defesa da mulher - especialistas
A partir da década de 60, uma década após Simone de Beauvoir ter escrito o livro Le Deuxième Sexe (O segundo sexo), aonde denúncia as raízes culturais e sociais da desigualdade sexual, as teorias feministas já passam a uma necessidade de compreensão do universo no qual a mulher está inserida a partir da construção social da condição. Incorporam, portanto outras frentes de luta, e começam a forjar o conceito de gênero e da hierarquia mascarada pela diferenciação de papéis.
Um movimento que tem origens no feminismo radical é o feminismo descontrutivista, que acredita ser o sexo (tanto no sentido biológico quanto social) uma construção social, que deve ser rejeitada enquanto unidade de classificação. Para esse tipo de feminismo, o paradigma de dois sexos deve ser substiuído por outro, que considere diversas sexualidades.
Embora muitas líderes do feminismo tenham sido mulheres, nem todas as pessoas adeptas do feminismo são mulheres e nem todas as mulheres são feministas. Um dos pontos de divergência no interior do movimento é a participação ou não de homens no movimento feminista.
O feminismo encontra bastante limitação fora do ocidente, onde esteve restrito durante o século XX. Os movimentos feministas esperam que as ações e conquistas ganhem espaço em todo o mundo durante o século XXI.
Essa fragmentação e multiplicidade de identidades feministas, não se refere necessariamente a uma fraqueza, mas sim a uma força, já que encontramos sociedades caracterizadas por diversos conflitos sociais e lutas pelo poder, demandando diferentes formas de aliança e de autodefinição das identidades. Não há, portanto, um movimento único feminista, mas muitas identidades diferentes e autônomas, alcançando micropoderes, baseados nas experiências adquiridas pela vida. Estas experiências são tão diferentes que denunciam a multiplicidade de identidades femininas e o multiculturalismo que não podem ser negligenciados ou ser uma única forma imposta pelo patriarcalismo.

Relações com outros movimentos

O movimento feminista se relaciona com outros movimentos sociais na medida em que as questões ligadas a condição da mulher acabam por se interligar com questões de opressão como de classe, raça e sexual. Em alguns momentos da história, essa abetura não existe, principalmente pela necessidade de uma auto-afirmação das mulheres enquanto grupo organizado e autônomo. Porém, com as gerações que se seguem, novas condições vão sendo colocadas para os movimentos abrindo novas possibilidades de organização e de solidariedade entre movimentos de focos diferentes. Sobreposições de opressões como, por exemplo, a mulher negra, a mulher lésbica, a mulher pobre incentivam não só as frentes específicas dentro do feminismo, mas o coloca ao lado de outros movimentos que se colocam igualmente contra qualquer tipo de discriminação.
A maioria dos grupos feministas adopta uma visão holística quanto à política — o que concordaria com a frase de Martin Luther King, "Uma injustiça em algum lugar é uma injustiça em todo lugar". Principalmente nos Estados Unidos, onde a segregação racial é clara, alguns feministas costumam apoiar outros movimentos como o movimentos dos direitos civis e o movimento dos direitos homossexuais. Muitas feministas negras participam também do movimento negro, e criticam o feminismo por ser ele dominado por mulheres brancas; argumentam que os problemas enfrentados pela mulher negra são ainda piores em razão do preconceito racial somado ao preconceito de género. Essa ideia é a chave do feminismo pós-colonial. Muitas mulheres negras dos Estados Unidos preferem o termo womanism (algo como mulherismo) em detrimento do tradicional feminism.
Certas feministas rechaçam as mulheres transexuais, porque questionam a distinção entre homem e mulher. Mulheres transexuais são algumas vezes excluídas de reuniões exclusivas à mulheres e eventos feministas, e são rejeitadas por determinadas feministas que dizem que ninguém que nasceu homem poderá realmente entender a opressão que a mulher enfrenta. Por outro lado, as mulheres transexuais argumentam que somente uma visão estereotipada da transexualidade poderia clamar que estas pessoas representam construções tradicionais do "ser homem" e do "ser mulher"; que enfrentam discriminação semelhante às mulheres biológicas, e inclusive lutam a respeito de direitos legais que não lhes são assegurados; que não é a genitália o que torna uma pessoa mulher; que uma vez que realmente são mulheres, cabe a elas por direito o reconhecimento das lutas como lutas feministas; e que a discriminação que sofrem não é nada mais do que outra face do patriarcalismo e uma clara expressão de transfobia e misoginia (veja também: transfeminismo).





As Riot Grrrls! 
















Riot grrrl (ou riot girl) é um movimento abrangindo fanzines, festivais e bandas de hardcore punk rock e feminismo. A intenção do movimento é informar a mulher de seus direitos e incentiva-las a reivindica-los. Uma das principais formas além de protestos foi o uso da música. A carreira músical feminina se resumia apenas como vocalistas, ou qualquer função em bandas de músicas leves, mesmo assim mal vistas. O principal ponto foi montar bandas de rock, com instrumentos pesados como baixo e guitarra com muitos efeitos e distorção, estilo e instrumentos inicialmente considerado como masculinos.
Incentivando cada vez mais as mulheres a montarem suas bandas, criar fanzines feministas, e assim expressar suas opiniões e vontades. O gênero musical riot grrrls apareceu na década de 90 como resposta as atitudes machistas punks.
As bandas Bikini Kill e Bratmobile são consideradas duas bandas que incentivam o movimento.

Cena Riot Grrrl no Brasil

No Brasil a banda de maior destaque é a banda de hardcore feminista Dominatrix, liderada pela vocalista e guitarrista Elisa Gargiulo. A banda surgiu em 1995 e ainda está na ativa, fazendo shows e realizando verdadeiros debates sobre as diversas causas femininas e o direito das minorias e grupos marginalizados.
Há bandas como o extinto Bulimia, Biggs, Pulso, entre outras (acredito que Menstruação Anarquika também faça parte deste time) ,que também abrangem outros assuntos além do feminismo, como a banda Suffragettes, que defendem além do feminismo, também o vegetarianismo, a filosofia straight-edge, a preservação ambiental, dentre outros assuntos, cada vez mais crescentes nas cenas undergrounds.


Para ver os links das principais  bandas de riot grrrls no Brasil e no mundo a fora, ver o link do wikipédia:


Um filme lésbico que mostra um pouco da ideologia anarquista e exagerada das riot grrrls é "Itty Bitty Titty Committee", que defende que colocar silicones só enriquece e favorece uma industria machista e que as garotas devem se aceitar fisicamente como elas são. 

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